sábado, 5 de julho de 2008

Crianças em Guerra - Quarto Ato

CENA int. TÚNEL DO POÇO - momENTOS MAIS TARDE.

Xena e Gabrielle caem no poço. Xena se retorce e se vira, freneticamente tentando encontrar algo para se segurar, mas as paredes de pedra são lisas.

xena
Gabrielle!

Elas ouvem um barulho bem alto bem abaixo delas, e elas percebem que estão chegando no fim do túnel. Xena se estica e agarra Gabrielle em volta da cintura.

xENA(continua)
Isso vai doer.


gaBRIELLE
Não por muito tempo.

Gabrielle coloca seus braços em volta do pescoço de Xena e olha dentro dos olhos de Xena.

gABRIELLE(continua)
Mas se eu tivesse apenas trinta segundos devida, é desse jeito que eu gostaria de passá-los.

Elas saem do túnel do poço. Xena responde às palavras de Gabrielle com um beijo.


CORTA PARA:

CENA int. TANQUE - MOMENTOS MAIS TARDE.

Xena e Gabrielle caem do túnel do poço e mergulham em um imenso tanque repleto de líquido. Elas caem direto até o fundo, e o impacto as separa. Elas se debatem dentro do líquido para alcançar a superfície. Xena emerge primeiro, ofegando por ar. Ela olha em volta.

xENA
Gabrielle!

Gabrielle emerge atrás dela, tossindo. O líquido as afasta e elas lutam contra a corrente - que as está forçando para dentro de um rio que se move rapidamente e cujas águas se dirigem para um aqueduto.

gABRIELLE
(gritando)
Se nós formos sugadas para lá....

XENA
Eu sei! Agarre-se!!


Uma onda de água as empurra na direção do muro. No último momento, Gabrielle engancha seu braço em volta de um cano do tanque e se pendura, agarrando o cinto de Xena quando ela passa por ela. Gabrielle puxa Xena para fora do aqueduto.

xENA(continua)
Que bela hora para confiarmosem um artefato Amazona!

Xena se vira e se agarra ao cano também, e elas o escalam, subindo, chegando ao topo do muro do tanque e caindo por cima dele para fora.

CORTA PARA:

cena nt. caverna do tanque - continuando.

Xena e Gabrielle rolam por cima do topo do muro do tanque e tombam no chão. Elas se levantam e se recostam no túnel para tomar ar.

gABRIELLE
(tossindo)
Eu devo ter engolido uma carrada daquela coisa.

Xena lhe dirige um olhar preocupado.

xENA
Eu também.

Xena olha em volta do aposento onde estão. É plenamente estocado de fardos de ervas. Há caixas de uma mistura em pó colocadas no topo do túnel. Buracos quadrados foram cortados nas caixas para deixar a mistura se dissolver na água.

xENA(continua)
Deve ser isso que eles estão dando aos escravos.


Gabrielle olha para as caixas, depois para Xena. Xena caminha para os fardos de diferentes ervas e começa a examiná-las. Gabrielle coloca a mão em cima da cabeça.

gABRIELLE
Eu... eu estou começando a me sentir meio estranha.

Xena continua procurando pelas ervas.

XENA
Eu também. Vamos esperar que tenhamos sortee encontremos algo para neutralizar isso.

DISSOLVE PARA:

CENA int. CAVERNA DO TANQUE - UM POUCO depois.

Xena e Gabrielle estão sentadas juntas no chão. Entre elas há uma caixa. Elas estão completamente sob a influência das ervas.

gABRIELLE
Então era isso que elas queriam dizer.

Xena parece totalmente relaxada e despreocupada.

xENA
Sobre o quê?

GABRIELLE
Sobre estar em paz. Tudo é tão... puro.


XENA
Sim. Eu nunca me senti assim antes.

CORTA PARA:

CENA int. CORREDOR DO RECINTO DOS ESCRAVOS - AO MESMO TEMPO.

Guardas se investem pelo corredor, procurando por Xena e Gabrielle. Avon sai do quarto de Varia.

avon
Elas estavam aqui. Encontrem-nas!

CAPITÃO DA guardA
Elas não estão nos saguões superiores, senhor.

AVON
Então chequem os inferiores.Quando encontrarem-nas, atirem nelas.

CAPITÃO DA guardA
Mas....

AVON
(furiosamente)
Apenas façam o que eu digo, seu tolos!

Os guardas saem correndo. O Lacaio de Avon emerge do quarto de Varia.

lacAIO
Foi uma boa coisa ela ter nos avisado onde elas estavam,meu senhor. Elas podiam ter arruinado tudo.

Avon concorda e sorri severamente.

CORTA PARA:

CENA int. CAVERNA DO TÚNEL - MOMENTOS DEPOIS.

Xena e Gabrielle ainda estão sentadas com a caixa entre elas. Há agora uma xícara no topo da caixa. Elas ouvem guardas se aproximando, mas aparentemente não se importam.

gaBRIELLE
Você se sente mais leve? Eu sim. É como se isso fosseuma estranha espécie de flutuação. Como uma borboleta.Você acha que as borboletas se sentem assim, Xena?
(pausa, rindo)
Ouça-me. Eu devo estar parecendo uma....


xENA
Você está parecendo a Gabrielle que euconheci em Potedia há um tempo atrás.


Gabrielle pensa sobre isso por um minuto.

GABRIELLE
Sim. Já faz um bom tempo, não é?
(pausa)
No tempo que nós duas realmente conhecíamos a paz.

xENA
Talvez Varia tenha razão.

CORTA PARA:

CENA int. CORREDORES INFERIORES - AO MESMO TEMPO.

Guardas procuram por elas nos corredores inferiores. Eles abrem as salas de armazenagem e olham dentro delas. Um guarda está carregando seu arco e flecha. O capitão da guarda pára para falar com ele.

CAPITÃO DA GUARDA
Apenas esteja pronto.Pode ser que você só tenha uma chance de atirar.

guardA
Com o veneno destas flechas, senhor,tudo o que nós temos que fazer é encostá-las.

Um outro guarda grita mais abaixo do corredor.

guardA #2
Senhor! Nós limpamos esta sessão.Só falta a sala de água!

CAPITÃO DA GUARDA
Vamos.

CORTA PARA:

CENA int. CAVERNA DO TANQUE - MOMENTOS DEPOIS.

O som de perseguição é mais alto. Xena está agora de joelhos, segurando a xícara nas mãos e a examinando. Gabrielle a observa.

xENA
Paz.
(pausa)
Talvez fosse isso o que eurealmente procurava no Japão.


Gabrielle olha para ela em repentina compreensão.

gABRIELLE
Não só a paz deles - mas a sua própria?


Xena confirma. Xena fica de pé e caminha até a borda do tanque, esticando-se e enchendo a xícara de água que vem da cisterna. Ela se ajoelha de novo no chão e toma uma mão cheia da substância na caixa e derrama na água da xícara, mexendo com o dedo. Xena olha para Gabrielle.

XENA
É isso mesmo o que você quer?

Gabrielle toma a xícara das mãos dela.

GABRIELLE
Sim.

Gabrielle bebe um gole.

gABRIELLE(continua)
Eu não acho que nós fomos feitas para a paz, Xena.Nós fomos feitas para lutar e sangrar e morrer.
(olha para Xena)
Mas também para rir e amar e viver.


Gabrielle devolve a xícara, depois faz uma careta e estremece, quando o antídoto faz efeito. Xena bebe o resto da xícara e a atira contra a parede. Ela se despedaça.

A porta da gruta do tanque se abre rapidamente, e os guardas começam a entrar no aposento.

xENA
Eu cuido deles - você descarrega o antídoto.

Gabrielle agarra a caixa e começa a escalar o lado do tanque enquanto Xena agarra dois fardos de erva. Os guardas a atacam. Xena os desvia com os fardos. Ela apara uma flecha com um deles.

Gabrielle alcança o topo do tanque e lança ao chão as ervas que estavam ali, depois joga também a caixa, para garantir. Ela agarra a beira da caixa de ervas ruins e a puxa. Com um estalo, ela se quebra e cai para o outro lado, mandando as ervas para todos os lugares. Gabrielle cai no chão.

Xena agarra uma pá de mistura e golpeia com ela os guardas. Gabrielle agarra outra pá e se junta a ela. Ela está tremendo, e meio verde em volta da mandíbula.

GABRIELLE
Aquela coisa me deu uma ressaca assassina.

XENA
(rosnando)
Nem me fala.


Xena libera seu desconforto em um guarda, socando-o no rosto depois golpeando-o entre as pernas com a pá. Ela o empurra para fora do caminho e chuta outro guarda por trás para dentro de um fardo de feno. Dois guardas mais se investem contra ela com tochas, tentando afastá-la para trás.

Gabrielle entra em ação, deixando sair um grito de fúria enquanto ela se coloca entre os guardas, pegando a pá que Xena largou e usando-a para derrubar inconsciente o homem mais perto dela. Depois ela agarra o arco dele e se vira, atirando uma flecha em um guarda que a vinha atacar. O homem cai, puxando a flecha para fora de suas entranhas. Gabrielle procura por outro alvo, mas os homens fogem dela.

Xena agarra uma tocha de um dos atacantes e põe fogo no cabelo dele. Ele sai correndo e gritando. Xena gira e dirige a tocha para um monte de ervas, depois outro. O fogo se levanta e começa a se espalhar rapidamente.
Xena chuta um guarda na garganta, depois agarra o braço de Gabrielle.

xENA(continua)
Vamos!

Gabrielle joga o arco no guarda mais próximo e segue Xena. Elas se desviam de flechas enquanto vão para a porta do quarto do tanque e correm saindo por ela.

CORTA PARA:

CENA int. CORREDORES INFERIORES - CONTINUANDO.

Xena guia Gabrielle através dos corredores. A fumaça está começando a se espalhar, e gritos de alarme são ouvidos.

gABRIELLE
(gritando)
Quanto tempo vai demorar pro antídoto funcionar?


Xena empurra Gabrielle para um corredor lateral. Vários guardas passam direto, sem notá-las.

xENA
Mais tempo do que levou conosco,porque nós tomamos uma grande dose.


Gabrielle dá uma espiada na esquina.

GABRIELLE
Xena, esta é a nossa melhor chance de levartodo mundo para fora daqui. Há alguma maneira de acelerar isso?

Xena pensa.

XENA
Talvez. Se nós as encorajarmos.

GABRIELLE
Quer dizer... como dar uns empurrõezinhos nelas?

Xena confirma.

XENA
Você acha que é capaz disso?

Gabrielle dá um sorriso não tanto prazeroso.

GABRIELLE
Sim.
(cutuca Xena)
Você pega as Amazonas.Eu tenho uma velha conta para acertar.


Gabrielle se afasta. Xena hesita, depois balança a cabeça e segue em frente.

CORTA PARA:

cena int. quarto de varia - dia.

Varia abaixa a caneca. Ela se senta no sofá e pega sua harpa. Ela tira algumas notas à toa.
Gabrielle entra atrás dela, desapercebida. A roupa de couro de Gabrielle está esfarrapada, e ela está coberta de fuligem e líquido. Seu rosto tem uma expressão feroz e quase brutal.

gABRIELLE
Você está fora do tom.

Varia se vira e localiza Gabrielle.

varia
Guardas!

Gabrielle se aproxima dela silenciosamente e com gravidade.

GABRIELLE
Eles não vão te ouvir. Estão ocupados.

Varia se levanta e se move em volta do sofá, com cautela.

VARIA
Eu os alertei quanto a você.

GABRIELLE
Não bem o suficiente, pelo que parece.O jogo acabou, Varia.

VARIA
Gabrielle, você está errada.Você não consegue ver o quanto está errada?Nós somos felizes aqui. Não somos... animaiscaçados, ou banidos, ou tendo de nos apagar vivendona floresta. Como era quando você nos deixou.

GABRIELLE
Não, Varia. A droga apenas fazvocês *pensarem* que estão felizes.

VARIA
Qual a diferença?Você não pode simplesmente nos deixar em paz?

Varia coloca as mãos na cabeça.

vARIA(continua)
Espere. O que está acontecendo?

gABRIELLE
A verdade está acontecendo.

Gabrielle se aproxima de Varia e a empurra duramente. Varia cambaleia em direção à parede e a atinge, depois olha para Gabrielle. Gabrielle a segue, depois a agarra novamente e a sacode. Os olhos de Varia se estreitam.

CORTA PARA:

CENA int. APOSENTO DAS AMAZONAS - AO MESMO TEMPO.

Xena entra no quarto e pára. Ela coloca as mãos nos quadris e examina as Amazonas com os olhos. Elas todas parecem bem felizes de vê-la.

cyANE
Xena! Que bom que você voltou.Onde está Gabrielle?

xENA
Tudo bem, garotas. A hora da festa acabou.

As Amazonas olham umas para as outras. Xena caminha entre elas e pega uma caneca do líquido.

CYANE
Oh! Você vai se juntar a nós!Boa escolha, Xena.Você vai ver. Isso é b... ai! Ei!

Xena arremessa a caneca cheia de líquido na cara da mulher.

XENA
Gosta disso? Parece bem em você….

As Amazonas começam a rir.

xENA(continua)
Vocês acham isso divertido?

Xena toma duas metades de pomelo (grapefruit) e mete na cara de duas Amazonas. As sementes do centro estalam e pulam no chão. A mulher que ficou melada agora começa a rir das metades empurradas na cara delas.

XENA(continua)
Agora sim foi engraçado.

Cyane
Haha! Como um par de mulas!

Uma Amazona puxa o pomelo da cara.

amazonA #2
Mulas? Eu vou te mostrar quem é a mula!

A Amazona pega um melão e o arremessa.

CYANE
Ei! Pare com isso, sua porquinha!

AMAZONA #2
Quem você está chamando de porquinha?

Xena dá um passo atrás, observando o massacre começar.


CORTA PARA:

CENA int. QUARTO DE varia - AO MESMO TEMPO.

Varia está no chão, com um machucado roxo sobre sua bochecha esquerda. Seu rosto está agora marcado de raiva, e ela toma a harpa enquanto salta até Gabrielle. Ela balança a harpa, pretendendo quebrá-la na cabeça de Gabrielle.

vaRIA
Cadela! Eu sabia que eu devia ter te matado em vez dete dar uma surra quando você me desafiou.

gABRIELLE
Justiça é justiça. Eu sabia que devia ter te matadoquando você me traiu com o Belerofonte.

Em vez de recuar, Gabrielle agarra a harpa quando ela desce e a arranca das mãos de Varia. Ela se vira e chuta Varia nos quadris, fazendo-a voar, depois arremessa a harpa no sofá e pula em cima de Varia. Elas lutam. Varia segura Gabrielle embaixo dela, mas Gabrielle gira e prende seus tornozelos em volta do pescoço de Varia, arqueando suas costas e atirando Varia no chão.

gABRIELLE
Não dessa vez, Varia.


Gabrielle puxa Varia para cima, depois abruptamente a liberta, e antes que Varia possa estabilizar-se, Gabrielle ergue o punho e manda toda a força que ela tem em um grande e direto soco de direita. Ela atinge Varia bem no queixo e sua cabeça estala para trás. Ela cai por sobre o sofá e pousa do outro lado, inconsciente.
Gabrielle salta por cima do sofá e fica em cima dela, pronta para continuar a luta. Ela deixa as mãos caírem quando percebe que ela não tem mais uma oponente.

CORTA PARA:

CENA int. APOSENTO DAS amaZONAS - momENTOS MAIS TARDE.

As Amazonas estão ainda todas brigando umas com as outras. Elas se colidem com Xena, que as empurra de volta. O quarto é agora um campo de batalha, e Xena está perdendo a paciência. Ela está imaginando onde Gabrielle está, e está quase para ir atrás dela.

As orelhas de Xena formigam - ela ouve os guardas se aproximando.

xENA
Tudo bem. Já chega.Hora de sair daqui.

CYANE
Oh sim? Quem é você para nosdizer o que fazer, Xena?

XENA
Não há de que. Agora peguem suas coisas.

CYANE
Eu não vou a lugar nenhum!Você não pode ficar nos chefiando assim!

A porta se abre, e Gabrielle entra, carregando Varia nos ombros.

gABRIELLE
Não. Mas eu posso.

Gabrielle descarrega o corpo inconsciente de Varia no chão. Gabrielle está uma coisa. Ela tem listras de sangue pela pele, junto com sujeira e fuligem dos túneis e suor.

gABRIELLE(continua)
(rosnando)
Agora mexam-se!

Há gritos vindo do corredor. Guardas estão se aproximando em alta velocidade. As Amazonas olham uma para as outras por um breve momento, depois irrompem e começam a agir, correndo para a porta. Duas delas pegam o corpo de Varia e o levam com elas. Gabrielle e Xena as seguem.

CORTA PARA:

CENA int. CORREDORES DO COMPLEXO DE ESCRAVOS - DIA.

As Amazonas correm pelos corredores com seus trajes iguais e pés desnudos. Xena e Gabrielle correm velozmente após elas com suas roupas de couro sujas. Os guardas estão as alcançando, e flechas começam a cair em volta dos pés de Xena.

Xena pega a próxima flecha e a segura, usando-a para rebater um crescente número de outras. Ela olha atrás dela, e vê uma massa de guardas com arcos e lanças se aproximando dela.

Bem à frente, o barulho de outra multidão se aproximando repentinamente se torna audível. Xena percebe que elas serão pegas em uma armadilha entre os guardas que estão atrás e os à frente delas.

xENA
(gritando)
Para a direita!! Para a direita!!

gABRIELLE
Xena! Mais guardas!

XENA
Eu sei. Continuem correndo!

Dois corredores se interceptam. As Amazonas, Xena e Gabrielle correm pela interseção bem na hora que os guardas iam pegá-las, um deles arremessando uma lança que arranha Xena na perna.

Elas saem do cruzamento bem quando uma imensa multidão de escravos gritando raivosamente vem embarrilada da outra direção. Os escravos colidem com os guardas e começam a atacá-los negligentemente.

Xena e Gabrielle olham para trás, para ver um monte de armas e pernas se espancando, quando infelizes guardas são esmurrados.

GABRIELLE
Isso foi sorte.

XENA
Não, foi uma brilhante cronometragem.Venha. Vamos embora daqui.

Xena e Gabrielle abrem o portão e empurram as Amazonas para fora, em liberdade, Gritos e baforadas de fumaça as seguem enquanto elas saem. O complexo está em completa ruína.

FADE OUT:

FIM DO QUARTO ATO
CONCLUSÃO

CENA ext. ZONA PORTUÁRIA - MANHÃ.

A combustão remanescente do complexo de escravos está no chão. O navio que trouxe Xena e Gabrielle para a ilha está nas docas, que estão abertas. Um grande número de ex-escravos zangados e se acotovelando esperam para subir a bordo. Os cidadãos dali observam cheios de medo de trás dos muros da cidade. O imenso portão para a cidade está fortemente trancado.

De um lado, as Amazonas estão agrupadas, muito cansadas, muito envergonhadas, e muito mal-humoradas. Varia se senta afastada delas, olhando para a água.

Xena e Gabrielle aparecem, vestidas em novas roupas, mantos de seda. Elas se aproximam do capitão do navio. Ele está obstinado.

MESTRE DOS ESCRAVOS
Por que eu deveria levar esse lote de volta?O que eu ganho com isso?

XENA
(rosnando)
Ganha a oportunidade de ficar vivo até chegarmos na Grécia, eeu irei esquecer minha viagem até aqui neste avariado balde.


Xena encara o homem friamente. Ele humildemente dá um passo atrás.

MESTRE DOS ESCRAVOS
OK! OK!

O mestre dos escravos se afasta correndo. Xena gira sua manga nova de seda e sorri.

gABRIELLE
Sem ervas, sem escravos.Mas eles podem conseguir mais, Xena.

xENA
Verdade. Mas vai levar tempo,e um monte de dinares para reedificar.E agora nós sabemos que eles estão aqui.

Gabrielle a cutuca, e aponta para Varia. Elas caminham até ela. Varia não olha para elas. Seu queixo machucado está todo roxo.

vARIA
Eu não vou voltar com vocês.

gABRIELLE
Então você está simplesmente abandonando estas pessoas?

Varia olha para ela, depois toca seu queixo.

vARIA
Elas não são o meu povo.Elas são suas agora.

Varia se levanta e vai embora, sem olhar para trás. Gabrielle olha para Xena.

GABRIELLE
Não era isso que eu queria.


Xena coloca o braços sobre os ombros de Gabrielle.

xENA
Você não vai me perguntar senós fizemos a coisa certa, vai?

GABRIELLE
Não. Eu sei que fizemos.
(suspirando)
Eu só fico imaginando se elas fizeram.

Gabrielle olha para o nada na distância, mergulhando em seus pensamentos.

xENA
Ei. Talvez não vá ser tão ruimpassar algum tempo com elas.


Gabrielle se encosta na Xena.

GABRIELLE
Sim. Acho que poderíamos usar isso como um descanso.

Xena a leva até o navio. As Amazonas estão brigando umas com as outras, e quando Xena e Gabrielle se aproximam, uma delas empurra outra na água. Xena e Gabrielle suspiram, e balançam a cabeça enquanto continuam caminhando.

FADE OUT.

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