PRÓLOGO
FADE IN
CENA EXT. VALE ESTREITO E PROFUNDO DA FLORESTA. MANHÃ.
O sol brilha em um bem preparado acampamento em um vale da floresta. ARGO pasta em um largo prado de grama e ignora as duas mulheres atrás dela. GABRIELLE está parada de pé contra uma árvore, com venda nos olhos, e sorrindo largamente.
XENA(nos bastidores)Você está pronta?
GABRIELLEOh sim, estou pronta.
XENA(nos bastidores)Tem certeza?
GABRIELLEClaro que tenho certeza!Vamos, Xena! Não é como senós não tivéssemos feito isso antes.
XENA(nos bastidores)Verdade, mas já faz algum tempo.
GABRIELLEBem, você sabe o que dizem.Uma vez que você faz isso,você pode nunca achar o suficiente.
XENA(caçoando)Tudo bem, se você tem tanta certeza assim.
GABRIELLEXena, você sabe o que eu quero!Apenas faça isso já!
Xena sorri maliciosamente e puxa para trás o fio do arco que ela está segurando. Duas flechas foram armadas habilmente, e com um leve puxão, ela libera as duas. Uma verga para a esquerda, e Gabrielle a pega facilmente. A segunda verga para a direita. Gabrielle se inclina para pegá-la, mas ela fecha o punho muito cedo da primeira vez, e xinga quanto a beira da cabeça da flecha raspa sua palma e se crava na árvore atrás dela. Assobiando, ela rasga sua venda dos olhos e olha para sua mão. Uma fina risca de sangue olha de volta para ela.
GABRIELLEAi!
Xena coloca seu arco no chão e caminha até Gabrielle, segurando sua palma machucada e virando-a para cima, na direção do sol. A extensão do dano é um pequeno arranhão. Largando a mão de Gabrielle, Xena vai até seus suprimentos e traz um pano limpo e alguma água, a qual inclina sobre o arranhão.
XENAVocê continua favorecendo esta mão.Você precisa se concentrar.
GABRIELLEÉ fácil para você dizer. Vocêprovavelmente nasceu com umaflecha em cada mão.
(pausa)
Ei! Isso arde!
XENA(sorri maliciosamente)Bebê.
GABRIELLEE você diz que *eu* tenhomãos de marinheiro.
(pausa)
Então, qual é o veredicto?
XENAOh, eu acho que você vai viver.
GABRIELLELembre-me de trabalharessas suas maneiras.
Xena ri e volta às suas coisas para guardar os suprimentos. Endireitando-se repentinamente, ela levanta a cabeça e cheira o ar.
GABRIELLEO que é?
XENAFumaça. Se eu estou certa, está vindodaquele vilarejo pelo qual passamosno caminho para cá. Vamos.
Elas rapidamente carregam suas bagagens em Argo e vão em direção ao cheiro de fumaça.
CORTA PARA:
CENA EXT. VILAREJO. DIA.
Um vilarejo de tamanho mediano está completamente engolido pelas chamas. De fora, de um lado, está um HOMEM de pé, olhando para o incêndio. Suas roupas estão rasgadas e sujas de suor e fuligem.
Quando Argo chega lá, Gabrielle salta de suas costas e corre até o homem, segurando-lhe no ombro.
GABRIELLEO que aconteceu aqui?
(pausa)
Olá?
Como o homem não responde, ela aperta seu ombro para virar seu rosto de frente para ela. Seu rosto está molhado de lágrimas, e sua expressão reflete uma história de miséria e perda.
GABRIELLEO que aconteceu aqui?
O homem agarra Gabrielle com uma força desesperada.
HOMEMEles estão todos mortos. Eu tenteiajudar. Eu realmente tentei. Vocêtem que acreditar em mim!
GABRIELLEEu acredito em você. Você pode mecontar o que aconteceu?
Xena, em Argo, tenta entrar no vilarejo, mas o fogo está queimando tão forte, que continua empurrando ela para trás com sua fumaça e calor. Argo dança para fora das chamas, se empinando e bufando, e balançando a cabeça. Percebendo que ninguém lá dentro poderia estar vivo ainda, ela vai para junto de Gabrielle, e observa o homem enquanto ele se sacode em soluços.
HOMEMEles estavam morrendo. E eu --- eu nãosabia o que fazer! Eu tentei, sabe,mas não foi... não foi suficiente. Eagora eles estão mortos. Todos eles.Minha esposa. Meus filhos. Todos.
O homem se solta de Gabrielle e olha para as duas, com os olhos largos de terror.
HOMEM(continua)E se vocês não saírem daqui agora,vocês vão morrer também!
Lamentando sua aflição, o homem aperta sua cabeça e cai de joelhos.
Gabrielle olha para Xena, com preocupação em seus olhos. Xena olha de volta, com uma expressão indefinível.
FADE OUT:
FIM DO PRÓLOGO
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